Sunday, July 25, 2004

Aqui vai uma descrição resumida das férias... ok, não é uma descrição e devido aos "esforços" de um determinado Banco quase que não eram férias, mas enfim...

Nova Iorque: cidade extraordinária, como o chamado "buzz" que até hoje só senti em Londres. Há 7 anos escrevi: "London is calling". Hoje ouso escrever: "New York is calling". Quem sabe, quem sabe...

Guggenheim: Eu não gosto de museus, mas adorei este. É informal, simpático e tinha 2 exposições muito interessantes: "Hands", que basicamente era uma colecção de fotografias sobre... you guessed it... mãos. Muito bonito. Outra era à partida um loser na minha avaliação: arte contemporânea... abstracta... baseada em escultura... de um tal de Constantin Brancusi. O nome e explicação da exposição é que colocaram tudo em perspectiva: "The Essence of Things". Não adiantando mais... fez-se luz.

"I, Robot" et al: Or should I say "Ai, ai, que é que eu estou aqui a fazer?". Mais a sério, não é demasiado mau, esperava pior, mas ao pé do quase extraordinário "Artificial Intelligence" fica um pouco aquem. Vi igualmente o "Spiderman 2", que é bom, mas não tão bom o primeiro e o inacreditável "Before Sunset". Detestei o primeiro filme... mas este é muito bom. Aconselho vivamente. Dá muito que pensar.

"Sight Unseen": A melhor peça que vi na minha vida. A fabulosa Laura Linney deslumbra, mas os outros dois actores e actriz iluminam igualmente . Fabuloso, simplesmente fabuloso.

Midtown e Upper East Side: As áreas onde passei mais tempo estão aprovadissimas. De Central Park a Times Square é tudo, ou quase tudo, muito interessante. Mais a sul adorei Soho e Greenwich Village. O Ground Zero fez me sentir mal e - admito - quase chorar.

"Why pride is more important than money": Livro gentilmente cedido... ou seja dado por um Project Leader da McKinsey após originalmente me ter oferecido o "Creative Destruction". Livro razoável e curto sobre motivação de R.H. por um tal de Katzenbach, ex-McKinsey (duh!!!) e hoje com a sua própria firma. Essencialmente, uma ode aos Marines e ao Marvin Bower.

"The curious incident of the dog in the night time": LIVRO MAGNÍFICO, EXCEPCIONAL... o que quiserem. Basicamente um "policial" narrado (livro de ficção, claro está) por um miúdo com síndrome de Asperger, uma espécie de autismo. ABSOLUTAMENTE "MUST READ". Concordo com a crítica do Guardian: "Superbly realised... A funny as well as sad book... BRILLIANT."

Citibank: Sem comentários. As merdas (perdoem-me a palavra) que estes senhores fizeram com a minha conta davam para a sequela do "Processo" de Kafka. Inacreditável a falta de tudo que foi ilustrada pelos eventos da última semana.

Kafka: Em relação aos problemas do Banco só tenho a dizer que apesar de tudo o stress foi minimizado... muito bom sinal. Talvez já seja adulto, after all.

Hudson Hotel: Hotel excelente. Absolutamente nada a dizer. Ver próximas referências. Valeu 50% (talvez esteja a exagerar) da viagem a Nova Iorque.

Sky Terrace: Terraço/Esplanada no 15o. andar do Hotel... Cadeiras de piscina sem piscina mas com tudo o resto, duches, miúdas giras, sol e vista sobre a cidade e Rio Hudson. 5 estrelas. Momentos de felicidade.

Library Bar: Mais um dos bares do Hudson. Cool, jazzy, mas quase vazio... Deviam estar todos no Sky Terrace ou no Hudson Bar.

Hudson Bar: Um dos bares cool de N. Iorque. A J. Lo vai lá muitas vezes (não a vi) e o Matt Damon teve lá a festa do seu 30o. aniversário. Muito cool, música excelente, decoração irrepreensível, miúdas... ai, ai.

Quarto: Pequeno, quase demasiado... mas muito cool (será que eu já disse esta palavra antes). A cama e o colchão incríveis (nada de boquinhas).

Serviço: Em N. Iorque e em particular no Hotel muito perto da perfeição... à americana. E as empregadas de mesa... ai, ai.

Raparigas: Muitas e muito giras. N. Iorque é parecida com Londres, muitas miúdas de diversas nacionalidades. Vantagem do Hudson é que muitas das miúdas giras andam por aqui... chamem-me preguiçoso... eu prefiro iluminado :-)

Aeroporto JFK: Do mais confuso que há. Heathrow parece um livro de crianças por comparação. Estou a pensar comprar um dos terminais... pelos vistos todos podem ter um. Nos EUA chama-se liberalização e livre empreendorismo. Na Europa chama-se estupidez.

Férias: "Que é isso?" Bolas, férias é onde o homem (sorry, girls) quer, quando ele quer. É um estado de espirito. A única coisa que não nos podem tirar é quem somos... a nossa essência.

Deus: Sim, Ele também anda por Nova Iorque. Se alguém viu uma personagem parecida o Kramer (em demência) mas mais forte e baixo a falar consigo próprio (parecia estar a reza)... dirija-o para mim.

Beijinhos e abraços de Londres (após Nova Iorque)